Crédito

Empréstimos e aplicações sofrerão efeitos do aumento na taxa básica de juros

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Na última quarta-feira, a taxa básica de juros, a Selic, foi elevada de 10% para 10,5%, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). A novidade já era antecipada por analistas econômicos, que previam que a alta seria de 0,25 ponto percentual ou de 0,5 ponto percentual. A decisão é ligada à tentativa do governo federal de frear a inflação, que fechou o ano de 2013 em 5,91%, dentro do limite da meta, de 6,5%, mas bem acima do centro dessa meta, estabelecida pelo Ministério da Fazenda em 4,5% ao ano. Com a alta da taxa de juros adotada nos empréstimos feitos entre os bancos, o consumidor deve ter, com o tempo, juros mais altos também nos empréstimos pessoais, financiamentos e compras a prazo. Por outro lado, quem guarda dinheiro na poupança ou em outras aplicações terá retornos maiores do que a inflação. Logo, ficará mais vantajoso guardar dinheiro do que gastar.

Veja, no vídeo abaixo, qual é a relação entre a taxa básica de juros, a Selic, e a inflação:

 

A lógica parece complicada, mas, em resumo, comprar a prazo ficará mais caro, a expectativa do governo é que as pessoas desacelerem os seus gastos, comprando menos. Com isso, o setor produtivo e o varejo tendem a não subir preços tão rapidamente quanto antes. Por isso aumentar os juros pode ser uma estratégia para segurar a inflação:

Se dará certo, depende de outros fatores, como as expectativas de grandes investidores e do setor produtivo em relação à política econômica, à situação financeira externa pondera o economista e professor da Ulbra Santa Maria, Gilfredo Castagna.

De qualquer forma, a decisão de quarta-feira será amplamente sentida pela população. A Selic é tomada como base para as demais taxas de juros do mercado, como o financiamento imobiliário, a compra do carro a prazo, o cartão de crédito, o empréstimo pessoal e mesmo os financiamentos tomados pelas empresas, que geram custos, os quais poderão ser repassados para os consumidores com um eventual aumento de preços ou a diminuição de promoções.

A economia moderna é muito dependente do crédito, em todos os setores. A repercussão dos juros mais altos será diferente para cada pessoa de acordo com o seu interesse, tanto ao investir, quanto ao tomar dinheiro emprestado acrescenta Castagna.

Confira, neste link, como escolher a melhor opção de investimento. E, na edição impressa do Diário desta sexta-feira, simulações que comparam como ficará cada tipo de aplicação com os juros maiores.

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